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sábado, 18 de novembro de 2017

O que não acaba

Muda
Sem dúvida
O tamanho. As intensidades
Mudam as posições
A duração cambia
E no fim
A gente goza.

Qualquer coisa a gente goza.

Haveria de existir algo além?

Nem antes nem depois
Digo além de nós dois
Além desses corpos cansados
Após a janta
Úmidos por tanto dançar
Deitados.

Haveria de existir algo ainda?

As coisas que você me diz
Não, elas não valem.
Isso é hora para falar?
Poderíamos falar como os dedos
As línguas e pelos?

Palavra me arrebenta.

Quero o silêncio barulhento de nossas asas em ninho apertado,
Esta cama
Aqui
Comigo
Quantos?

Quantos eus em quantos ocês?

Eita, vida, ardida.

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