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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Centro

Na esquina

Longe daqui
Te miro na esquina
Parado
Contemplo seu movimento
Completo seu gesto
Em mim, acolhido

Danço os olhos
Parado, eu consterno
Haveria algo fora
Que coubesse aqui
Neste abraço
Ontem
Inda tão vivo?

Amo-te
Sem ainda te amar.
Sinto tua falta
Sem tanto te precisar.

No tempo lento
Divirto-me nesse encontro
Desencontrado.
Na cama em que dormimos juntos
Sua perna estica e me derruba
Ao lado.

Que lindo é não ter que fazer força
Para amar.

Meus olhos brilham te vendo
Sem nem te ver.

Obrigado.

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