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sábado, 12 de setembro de 2015

Amigo

Quando não nos foi possível
O amor, não sei se eu ou você
Dissemos amigo
Amigo, nós nos dissemos
Sem saber como lidar com isso

Não me lembro do primeiro dizer
Mas conservo a confusão de ouvir
E me ouvir dizer, amigo
Amigo como aquilo capaz
De nos conter

E então você hoje busca
O canto dos meus lábios
Você hoje me busca num repentino
E fragmentado afago
Amigo, amigo, o que foi?

Eu acreditei em nossa amizade
E agora o que você quer me dizer?
Algo além? Algo mais, amigo?
O que há, amigo, com você?

Sua leveza não me machuca
Sei seu sorriso sem som
Sei seus gestos mais expressivos
Você virou, amigo, meu amigo

Mas esse beijo pela metade
Nem sequer me destrói
Traduz-se apenas feito feitiço
De menino

Que menino
Menino
Moleque nobre
Menino amigo

Amigo
Entre a gente é só tudo isso
Coisas de grandes e imensos
Amigos,

Amigo.

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