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segunda-feira, 20 de julho de 2015

dia dez

uma praia que deságua sobre as rochas. seria fácil morrer ali.
ou entre as nuvens. estamos passando por uma área de turbulência, permaneçam sentados e com o cinto afivelado.
a moça do outro lado se abraçou ao namorado. coitada, mal sabia ela que não morreríamos ou que, se acontecesse, morreríamos todos. e então fechei os olhos para ouvir melhor minha música. as nuvens tranquilas do lado de fora e aquela movimentação incessante e brusca.
sei lá. dois voos em um dia é coisa demais para um ser humano.
comprei um óculos escuro novo.
comprei uma camisa.
depois comprei outra camisa.
comprei damasco, latas de cerveja e água.
comprei um sanduíche fast food.
não importa a compração, importa o silêncio retinto dos meus olhos de mãos dadas ao meu coração.
mandei aquela mensagem certeira, recebi outra, disse que faria algo que até agora não fiz.
atrasou 3 horas. eu fiquei 2 horas parado dentro da poltrona 28K.
que inferno. sorte ser tão bonito o céu.
e a dramaturgia de joana indo longe. e janis joplin no comando do meu susto.
eu fui recebido por um motorista de camisa azul com listras sinzas. ele escreveu assim. não quis duvidar da cor do seu cinza. era o cinza dele e muito bem definido. pois era um cinza quase transparente e junto ao seu azul somava mais do que se diferenciava.
hotel na beira da praia. tapioca. sexo hoje não, por favor.
até parece.
até parece o quê?
que sexo não.
não.
não mesmo.
nossa.
o que foi?
já é quase o dia onze.
sim, dorme aqui.
aqui?
sim.
vendo um filme?
pode ser.
você quer?
sim.
então se está tudo bem para você, para mim também está.
beijos.

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