É tudo um jogo de projeção
De reflexo
e nisso
Jogo de reflexão.
Lanço ao fundo branco
o transtorno
Faço um desenho turvo
daquilo que me é
daquilo que sinto
Neste momento
e então
Tudo é já afirmação.
Tudo me representa
cada verso
cada salto
todo o sim e todo o não
Talvez
eu pense: seja esta minha terapia
Ver-me no fundo branco refletido
vendo minhas espinhas em letras miúdas refletidas
vendo a vida se refazendo
e as rugas se desenhando
em expressão clara
e destemida.
Isto me serve para estar vivo
serve-me isto apenas para o jogo
no tempo ágil
do gesto feito e vivido
Para quê?
Você me pergunta.
E eu já inventei um interlocutor
Pois você
não é você, meu amor
Você é só alguém que me serve
para me desfazer e refazer
Quando envolto
neste constante
E tenaz
torpor.
Você é alvo fácil para o amor.
Você é toda e qualquer coisa.
Você é tudo menos alguém.
Você é procedimento
para poetar
Minha existência.
Sim.
Perdão.
Seja o nome que vier.
É tudo ainda poesia
de décima
décima segunda
ou vigésima
categoria.
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quarta-feira, 17 de junho de 2015
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