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sábado, 11 de abril de 2015

Lamúria

Morreu uma criança de 10 anos
E eu, nada.
Hoje parece que 150 pessoas morreram
E eu, nada.
Amanhã outras tantas morrerão
E eu, nada.
Não quero me rotular de indiferente
É só que a morte que tenho vivido
é tenaz e persistente.
O amor
Esse ódio
A imaturidade
O ego egoico
Tudo isso virou guerra
a me matar e morrer.
Não quero fingir que o mundo
não me interessa
É só que agora
nada me comove
nem tiro na cabeça
nem terrorismo de estado
nem sequer me comove
minha mudança de sorte
Tudo ficou mesmo finito
Depois que secaram as lágrimas
E vi restar apenas obviedades.
[...]

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