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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
As folhas das plantas
Estavam caídas
fora do vaso
Já sem cor verde retinta
já sem vida
Eu as varri
e as amontoei
no canto esquecido
Desta imensa sala
Dormi
não sonhei
nem tive pesadelo
Suei apenas, suei
E acordei
e no canto da sala
só a vassoura
Sozinha e seca
Olhei pela casa
as folhas sumiram, pensei
As folhas foram levadas
não sei
Entrei no banheiro
e ele estava lá
O vaso de planta
todo costurado
As folhas cosidas umas nas outras
os caules como finas veias frágeis
e, no entanto, muito vivas
Eu vi
A vida acontecendo ante minha incapacidade
de compreender
que mesmo em morte
Há vida em curso.
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