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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Junto comigo

Obrigado

É o que em primeiro
eu lhe digo

Obrigado
por ter se disposto
a passar algumas horas só
comigo

Obrigado, amigo


Quando nos sentamos
no banco de madeira verde
eu jamais poderia supor
que eu fosse me permitir
deitar em seu colo

Mas você me chamou
sem nada falar
e ali estive eu
a tarde inteira
no aconchego de um sossego
que eu jamais imaginei
que você pudesse me dar

Obrigado

É impossível não agradecer
impossível não reconhecer
Tudo ante ao nosso encontro
se manifestou

As árvores se deixaram ventar
O sol se guardou - um pouco -
talvez para melhor nos mirar

Minhas pernas, caramba
só agora percebo
minhas pernas pararam de doer
e me deixaram
por uma hora
te aproveitar e me perceber

ali sozinho
contigo reunido.

Noutra época, talvez
noutra estação
eu não saberia, mas
talvez
eu fosse achar ser preciso algo mais
para estar vivo

Mas hoje
nessa tarde
estando em silêncio
ali
contigo
Eu pude saber, Diogo

Você é o melhor amigo que tu poderias ter.

Obrigado por
às vezes
se colocar no colo
e nos permitir
Se cuidar
Se tocar e perceber.

Obrigado, amigo
É assim que deve ser.

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