Na hora
optei por sentir tudo o que viesse
Pensei que talvez fosse ser prudente
aprender a doer
sem fuga
Depois cansei
e quis o conforto
que não veio
A enfermeira fez arder todo um mundo
sobre a ponta escurecida
do meu dedo
Fechei os olhos
e cantarolei em silêncio
a dor é minha
não é de mais ninguém
Engano meu
esta dor é mais de fora
que de dentro
é mais de peito
que de dedo
Eis que agora
com mão imobilizada
tento escrever
e minha esquerda mão chora
sangue
Ligo o ventilador
em dia ameno
não para sentir vento
mas para afastar a dor
que me lembra apenas
o seguinte verso:
estou te amando
estou querendo
estou com medo
estou aqui
ser imenso
onde está
o seu beijo?
Sigo desbravando sonhos
para ver se te encontro
entre quadros
entre deturpadas animações
da mente
fervilhando entre desejos
sem fim nem começo
Onde?
Como?
Quando?
[...]
Pesquisa
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Arquivo
-
▼
2013
(268)
-
▼
agosto
(31)
- Bombom
- Amor
- Neologismo
- Uma coisa que eu nunca te disse
- daydream
- Fé
- Natureza
- Ventilador
- Faz poesia
- um muro inteiro
- Carta Urgente aos Meus deste Tempo
- Motim
- Areia
- Advertência
- pensamento
- Desafogar
- eu não sabia
- Run Deep
- o que me resta
- Nem mesmo um cochilo.
- Especulações sobre estar morto
- perda
- 1 cig
- - eu sei -
- Não quero soar bonito
- Maca
- Previsão
- Travesseiro
- Para capturar o instante
- VERMELHO AMARGO --- Reestreia
- Tramor
-
▼
agosto
(31)
Nenhum comentário:
Postar um comentário