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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Desumanizar.

Eis o verbo
posto sobre pódio
erguido sobre areia
da praia
A custar milhões
de um só povo.
Não sei o que fazer.
Não consigo trabalhar
tudo sobrevive
feito desassossego.
Desaprendi a escrever palavras
e minha guerra então ficou muda
enquanto pela pele
correm velozes as iras todas
Querendo-me pura
e retinta
Loucura.
Não sei
como proceder
Seu amor
que chega em breve
Poderá me conter?
Incontido.
Imprevisível.
Impossível, esta palavra
Este precipício
Mais uma vez eu me pergunto
entorpecido de lágrimas (que não cessam
de não sair)
Me pergunto:

  • quando foi que permitimos isso?
Quando foi, quando foi
como foi que deu-se o mundo
nesse abismo (repetitivo)?
Quero subir
sublimar
Quero ficar
duro
feito concreto
afrontar o medo
que me interrompe.

Quanta dúvida certeira.Quanta pergunta já respondida.Nada mais se escondeo mistério das cousas todas é essaneblinade bombas fedendo a saladatemperada a vinagre e pimenta.Chega?
não
em minúsculo verso
esperneio disperso
Não consigo escrever poesia
não consigo me privar da caneta-dardo
impreciso
de novo
impreciso
acreditando numa bondade que o mundo perdeu
Perdeu?!
Se perdeu, o que fazer?!
Por hoje
não durmo
não como
não choro
Não vou sofrer
NÃO VOU SOFRER
vou maquinar

violência

contra quem

me vilaniza

O CORAÇÃO.

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