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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Trepa

É como se me abrisse um abismo
no qual visse refletido
Meu sexo
enrijecido,

Como se da cova profunda
visões de outrora
me chamassem
para fornicar futuros inda não vindos.

E eu fui,
inteiro

rasgando a seda protetora
e cortando em fiapos
os cabelos,

Fui possesso
Desperto tal qual
enredo
de um carnaval a cinco segundos da avenida.
Rompi as dúvidas
Fatiguei as certezas

Reluzindo suor da tentativa
aceitei-me possível
E fiz nascer o inesperado.

Oh, Deus
Se eu não fosse um criador
(como ti, embriagado pelo seu rebanho de rimas)

Eu seria uma pedra
Cuja magia já fora esquecida.

 

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