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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ela é ele

Disse a criança assustada com a ousadia daquele cabelo tão vertiginoso.
Desceu do colo paterno e veio deitar o próprio olhar sobre o mar.
Era noite recém-chegada, tinha um frio morno solto pelo ar.
A embarcação aportou, não sem muito tremer, foi quando ela disse olhando a estrela minguante:
- Ela é ele, né pai?
Olhei o céu e a lua pontiaguda nunca antes tinha me parecido tão viril.
O que lhe dizer?
Disse-lhe é.
A lua é ele. A lua é ele.



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