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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

centro

toda noite
a mochila lá
os pés aqui
o colchão
sempre sob
sempre sob os rins
os pelos
e penas.

sonho.

toda noite
silencio o tormento
do corpo
toda vez
refaço o lamento
e tento
remendo
redundo
des

oriento-me.

sonho de novo.

sem medo
de hesitar
medo improvável
esse do se assustar
eu sigo

sob o colchão
a poeira
delineia a confusão
enquanto o espírito
livre
posto perdido
desorienta-se
divertido

flertando abismos e precipícios
poéticos, sempre poéticos

tudo é grandioso sob o edredon
tudo é disperso

sonho.

eu sonho.

no centro
da casa
eu sonho
profético

há beleza
na disposição da mobília
no guache sobre a mesa
nas unhas comidas

dicionário.

sobre a mesa
analogias mil
que pode haver de mais grave
do que este silêncio

pelo qual

as rosas caem sobre o chão da sala?

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