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terça-feira, 20 de setembro de 2011

i made you

se sentir assim
como é possível
que o que eu tenha
guardado
aqui
seja assim tão rude
tão vil e propenso
ao ruir?

eu me olho
agora lento
nu e entregue ao tempo
eu me vejo
aqui
e contemplo
sobre a minha pele
a sua tentativa
de não-esquecimento.

eu sou terrível
sou errado e contra-
fluxo.

vago perdido
buscando certezas móveis
onde haveria apenas
seu sorriso
e sua confiança.

eu cresci
e quanto maior
quero ser
mais
criança.

não quero a exigência
o prazo
o tempo pré-
estabelecido.

queria o susto
o seu soluço
o meu arroto
a mover
montanhas
e mudar
nuvens de lugar.

amanhã tem um prazo
hoje outro se perdeu
e o meu coração,

como faz?
como se faz
pra ser
aquilo
que se intui
já se ser?

Nó.

Nó.

No dá.

Nodal.

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