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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

ficou no vento

a felicidade
a tranquilidade
e o fermento

o mês passou
o trem nem veio
fiquei parado
à espera do poema
meio ao meio

o corpo se dobra
as roupas lançadas
sobre o chão do quarto
empoeirado
restam restos
de situações
nem todo-finalizadas

e o seu beijo
ele me pergunto
e o seu beijo
que não veio
nem ontem
nem ontontem
nem no futuro

porque agora
o tempo age pleno
sendo ele inteiro
sempre e de novo
um novo
e derradeiro
segundo.
 

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