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domingo, 17 de abril de 2011

Plugue

Palavra feia
nela reside todo meu divertimento
de te ver assim desprendido
e de mover os lábios
sedento.

Nela reside nosso maior desafio
reside nela – sim – nossa maior ficção
onde lá tentamos perdidos
entreter essa vaga noção de união.

Não há ode
não haverá serpentina
Ou tu colas aqui
ou deixe então que em ti eu faço rima

Simples desse jeito
não vamos sofrer de antemão
Há entre nós uma esperteza viciante
há entre nós um estranha comunhão
pela qual nós vemos o mundo
e rimos da sua
e da nossa
condição.

Veja: não está tudo perdido.

E ainda que estivesse
estamos em busca, não?

Portanto pregue o seu plugue no meu
e mesmo se inda feios
vamos fazer transmissão

de dados
de dedos
de planos

O mundo fica mais imenso quando nele nos plugamos. Venha,

este meu pedido é a única coisa a nascer antes do próximo verão.

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