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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

c o n v u l s i o n o

nao fiz poeminha de amor
fui leviano com vírgulas e pontos
não quis saber de beleza
estava apreendido
nisso, naquilo, na possibilidade
do seu sorriso
na possibilidade de te causar sorte
aconchego
que estranho passageiro
que coisa louca tudo isso
não me importei com as exclamacoes
tudo saiu bruto pedindo beleza
e e isso
a beleza esta em ti
sou materia bruta
ou como costumo escrever
pagina em branco para o seu
os meus
os nossos desastres:

vamos quebrar, eu te peço
c o n v u l s i o n a - m e.

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