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segunda-feira, 19 de abril de 2010

para não se esquecer do barro.

sobre tudo que é raça e jaz hoje dissipada
sobre as cores das peles hoje esquecidas
estupradas
traz o vento da noite a poesia
e reivindica existência

choca o chão os pés dormentes
batem-se as mãos repetidas
e carentes
se morreram não por querer
morreram-se fazendo do sangue tinta
e vindo a nós pelo tempo inscrever

fica permanece dura
pode usar meu corpo
ele é duro, mas cede ao toque
cede ao arco à flexa cede ao barro
ao toque, sim

faça sua história correr veloz logo aqui
e mais aqui outra vez agora
ganha sobre meu corpo sua eternidade
e não vá embora

não vá embora,

permaneça imberbe sob forma natural oh poesia

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