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sábado, 10 de outubro de 2009

o mistério do mundo.

Como se escreve o perdão que desejo te pedir?

Não são com essas letras, não é assim. Para você eu tenho que inventar outro alfabeto. É com o corpo. É dizendo eu te amo mas não assim. Você não está em você, você se perdeu. Mas se quiser te encontrar, eu sei, sim, eu vou ter que penar. Penando o corpo penando a dor. Cadê você no vazio que nos engoliu e acabou?

Mais tempo. Enquanto espero sua lágrima em mim chegar... Mais tempo, mais tempo. Por enquanto é tudo o que eu posso venerar. Vai, quer dizer, vem, me faz alguma coisa, me puxa o cobertor. Eu não vou ter medo. Eu não vou ter.

Porque eu ainda te amo. E eu nem sei o porquê. Tudo tão rápido tão sem resposta. A gente resta burro, resta com a aorta toda torta, meio imprecisa, meio engasgando querendo ar... Mas não. Amor bate lá dentro e desengasga essa condição.

Eu me duvidei. Mesmo eu me coloquei em questão. Mas se paro, se penso, nos cabelos, na pele, no riso, até na escoriação. Eu ainda te amo, só não entendo nada. Não. Mas importa? Vem, deita aqui comigo. Divide a cama, divide a canção. Você tá fazendo falta sem fazer, tá fazendo nuvem sem chover. Tá tão vazio, tão inconstante. Quem foi que inventou o incompreender?

Tem a sua cara. Tem a nossa dor. Tem o mistério do mundo. Tem muito do que vivemos, muito muito o que o muito for. Vai, Dória, puxa o meu pé e me faz acordar gritando eu te amo. Porque eu te amo sim, sua doida.

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