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sábado, 31 de outubro de 2009

Entrevista Expressa

1. O que as construções deste edifício têm afetado os moradores vizinhos?
X. Bom, na verdade as coisas estão complicadas. A gente aqui do outro lado fica com inveja, é verdade. Poxa, um prédio vizinho, com o qual a gente sempre dividiu um cano quebrado, uns tijolos se esbarrando, de repente vai ao chão e ressurge lindo, todo fino, detalhado, sem sujeiras, com cano novo... O mínimo que poderíamos ter é inveja, não?

2. Como foi para você a adaptação numa situação tão nova quanto esta?
Y. Eu confesso que achei que não fosse aguentar. Durante muitas semanas eu me disse, "vai, menina, aguenta! seja forte, eles vão votar em você!". Daí, passadas essas semanas, eu fui caindo na real. Eu fui tendo dimensão de como estava sendo obrigada a me mudar. Obrigada a me transformar sem ao menos compreender quem seria esse novo eu que não mais eu...

3. Você prefere o LimaVerão ou o sorvete de limão?
B. Eu prefiro o primeiro, porque o segundo, eu tenho certeza, que o segundo tem gosto de substância que é tóxica. Eu gosto mais que o segundo porque tem mais gosto de limão. E quando você está se sentindo mal, isso já aconteceu comigo e com meu irmão, quando você tá mal o de limão é quase um remédio. Funciona.


4. Você se droga?
W. Quando eu subi naquela montanha-russa, a sensação foi real. Eu nunca quis tanto estar em outro lugar do que naquele segundo. Sabe, poder evaporar, rapidinho, como quem some sem sumir, peida sem feder, bate sem cuspir, corta sem romper... Sabe?


5. Como está Mayana?
Faleceu, devo dizer. Conversei ontem com Matilde e ela me contou tudo. Disse que Mayana estava envolvida nas atividades. Disse que tinha jogado pedra na lotação. Disse que rimara Regina com Rejane e que tava ofendendo o Seu João do Botequim do Zé. Enfim, voltou à casa do pai.Ou, já nem vale te dizer.

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